quarta-feira, 25 de maio de 2011

Conexões Absurdas...

No final de uma grande festa da Arca, a festa dos homens, me deparei com um livro: Irish Folk and Fairy Tales. Abri o livro numa página. Ao ver o nome do conto: Into Eternity, pensei imediatamente em um estagiario que está na Arca por um tempo. Tinha um tempo atras proposto uma imgem a ele falando que ela me fazia lembrar dele.
Merlin, ao perceber que estava chegando a hora de passar para o outro mundo, pede a Viviane, Sacerdotisa de Avalon, para colocar-lo dentro de um carvalho. Enterra-lo por meio de magia no grande carvalho-pai into eternity...
O conto é a historia de uma curandeira que é chamada por um elfo para ajudar no parto de uma mulher, Brigitte. Essa jovem se apaixonou por o mesmo elfo e juntos tiveram um filho. Esse filho, trazido ao mundo pela ajuda da curandeira, é o futuro Rei dos Elfos, que iria levar essa raça à Eternidade, into eternity...
E hoje, ao procurar os filmes que estão passando no cinema, deparei com esse título: Into Eternity.

Afinal, não estamos entrando numa nova era? Uma era, que para alguns é o final, para outros o presente e para aqueles infelizes ou felizes (isso depende do que fazemos deste mundo nesse presente nosso) o futuro... Um grande Império cai ao chão. Um grande Império cai ao chão, deixando espaço para fazermos um outro grande Imperio, somos nós que escolhemos como ele vai ser. Cada passo que damos é já uma pedra da muralha de nosso castelo... devemos faze-lo com ódio ou amor? Queremos uma muralha, estrada ou uma casa? Queremos nos proteger, darmos a outros ou o que? Se dermos cada passo conciente do que fazemos, com amor, e presentes no presente vamos... vamos em uma direção...
Convido vocês a meditar todos os dias de manhã... Para podermos estar juntos, no presente, e construindo um castelo, uma comunidade.
Boa noite a todos! Amo vocês e desejo sonho revelantes, sonhos "noturnos" e sonhos "de vida", sonhos vivos! :)
CHICA

sábado, 21 de maio de 2011

A imperfeita perfeição

A gente tem que ver o blog dessa forma: o caderno para um escape inesperado de pensamento.
E o que eu pensei agora é uma coisa que, de certa forma, se parece com o que a Chica escreveu.

A gente faz planos e cria expectativas para a vida.
Acredita que a fórmula verdadeira para encontrar a felicidade está na ponta da língua
e dos dedos.
E, de repente, o caminho muda, o gosto é outro, o céu fica nublado...
As coisas saem do esperado e a gente descobre que a nossa fórmula é incapaz de resolver o problema. A peça não se encaixa.
E aí vem nosso tormento.
"Como posso ser feliz se isso não é o que eu imaginava, o que eu esperava?".
E dá um medo. Dá impressão de que está tudo errado, de que é preciso voltar, recomeçar e pegar a trilha certa (porque essa vai dar no desconhecido).
E aí, você cai na real. Cai na realidade do chão batido.
TUDO pela frente é desconhecido. NADA é previsível.
Não há fórmula perfeita, não há problema simples.
Dessa (in)feliz conclusão, surge o entendimento.
Do desespero surge a esperança.
Graças ao bom Deus, senhor de nossos passos e criador de todos os acasos, nosso caminho é imperfeitamente perfeito.
E a gente descobre que perfeito mesmo é aquele caminho formado de várias imperfeições.
Descobre que não há nada mais belo do que o inesperado, o imprevisível, a descoberta.
Entende que é preciso "manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo".

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Queridos!
Resolvi finalmente escrever! Depois de ter preparado varias folhas de coisas mais superficias para postar no blog, resolvi escrever ao intuitivo... Sinto uma calma, que a tempo nao sentia... Ou talvez parece tanto tempo por minha manhã ter sido tão agitada interiormente. Hoje, depois da prière (oração da noite) me aproximei do fogo... escutei o que ele tinha a me dizer... um calor sagrado, infinito. Me senti inspirada pelas pessoas ao meu lado a comer fora, ao lado da eterna fonte de calor, amor, sabedoria... Foi um dos jantares mais calmos da minha vida. Ultimamente sinto, ou perceba-a mais, sinto muito a ansiedade em mim. Percebo que de repente meus ombros estão tensos, que como muito rapido, que como muito, muito mais do que o necessario. Mas nesse jantar ao lado do fogo, pensando no aniversario de meu pai que sera amanhã, e escutando, falando com os passaros, e até procurando trevos de quatro folhas, me senti muito calma. E feliz. As vezes me sinto muito solitaria aqui. Pois por mais que as pessoas são simpaticas, não tenho mais ninguem com quem posso conversar de coisas banais, sérias ou pedir um comforto quando me sinto mal... Bom, talvez isso seja preciso, para poder aprender a não depender tanto das pessoas e quando em contato intenso com elas, poder ter uma relação saldavel. Também aprendo a aceitar o que a vida me traz... Se vivo essa fase, é porque a preciso... e com ela aprendo a ouvir a natureza; me sinto muito mais aberta aos chamados dela, às pequenas intuições, visões...
Hoje, como varios dias, li o pequeno principe para o Sofiane, um menino da comunidade. Queria, para sair dos pequenos circulos viciosos de pensamentos, oferecer algo à alguem, ajudar uma pessoa. Ele de bom grado aceitou a idéia. Mas hoje, ao começar o sétimo capitulo, o capitulo onde finalmente o pequeno principe fala de seu amor pela flor e se revolta com o mundo por ele achar matématica, um motor que não funciona, ou mesmo a politica mais importante do que uma flor, que é amada por alguém.
" Je connais une planète où il y a un monsier cramoisi. Il n'a jamais respiré une fleur. Il n'a jamais regardè une ètoile. Il n'a jamais aimé une personne. Il n'a jamais rien fait d'autre que des additions. Et tout la journée il répète comme toi: "je suis un homme sérieux! Je suis un homme sériux!", et ça le fait gonfler d'orgueil. Mais ce n'est pas un homme, c'est un champignon!"
Le Petit Prince; Antoine de Saint-Exupéry

Pois hoje, no sétimo capitulo, um pouco depois dessa passagem o Sofiane repete pela segunda vez: "Sabe Chica, na verdade eu não gosto tanto do pequeno principe..." Eu levanto os olhos do livro, o vejo, meio estupefata... Senti uma sensação de fora; quando alguém te diz: Chica, não da mais, acho que deveriamos acabar... Tento perguntar porque, não recebo resoposta clara... Tento propor outro livro, um livro que ele goste... Tão pouco consigo um resposta... Então proponho, o que ele, Sofiane sempre queria desdo começo: pintar. Ele havia me perguntado antes se poderia pintar com ele, e eu na minha ignorancia disse: "Não tenho tempo". Ao propor finalmente a pintura, seu rosto se iluminou e concordamos em se encontrar em tal data, tal hora. As vezes é preciso aprender a não somente oferecer algo, mas oferecer o algo, o algo que é tão facil pra você dar, mas que por apego, preguiça, etc... não o fazemos....

Sinto que estou me reconstruindo, que pouco a pouco vejo mais um pequeno degral a frente e que o alcanço e o supero... Espero que com vocês seja o mesmo! E, sendo o não, mando uma energia amiga, leve e feliz, poderosa quando juntada à outras. Mando-a à todos! Que possamos juntos viver o PRESENTE e que possamos nos inspirar uns pelos outros, pulsando essa energia que criamos ao compartilharmos nossos interiores!
Amo vocês!
Chica

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Opa! Bonjour viajantes!

Esta nublado e tranquilo hoje em Boston. Sao 10:38 de manha, estou comendo castanhas, bebendo cha quente, e escutando jazz enquanto um gatinho deita na minha cama do meu lado. Tenho pensado muito no Brasil recentemente e nos varios pensamentos, sentimentos, e novas experiencias com o qual eu deparei quando eu estava passando por la. Encontrei tantas perspectivas unicas, pessoas boas e bonitas, e maneiras diferentes de ser. Temos muita sorte por ter a opportunidade de viajar; apesar das minhas duvidas com muita tecnologia moderna, sou grato por poder voar e me integrar em todas essas situacoes tao transformativas. Alem do Brasil, eu ja viajei por Japao, Nicaragua, Belize, Mexico, e Costa Rica: cada lugar me deu algo unico e especial, me ensinando um pouco sobre a vida e eu mesmo. 

Ate eu puder voltar ao Brasil (talvez no ano que vem.. 2012!), eu estou estudando antropologia na faculdade e trabalhando em uma loja que vende comida local e organica. Meu interesse principal eh para aliviar essa separacao da civilizacao moderna: dentro de nos (alma/corpo; mente/ego), entre nos mesmos, e entre humanidade e o planeta. Gosto muito de estudar os grupos indigenas e tenho um respeito enorme por os modos arcaicos de viver e de ser, assim como por os enteogenos que tem usados por milenios para mudar consciencia e curar doenca (internamente e externamente) atraves de mudancas nas formas como percebemos a realidade. Quando eu for pro Brasil, pretendo trabalhar em uma ecovila fazendo permacultura, que eu acho eh uma coisa bastante importante na proxima transicao (produzindo comida em pequena escala). 

E isso, gente! Ate a proxima.
Grande abraco e muita paz..
---Samuca

domingo, 8 de maio de 2011

Meu nome é Lucas.


Hola, viajeros!
Começar a escrever num blog pode ser muito complicado. Ainda mais quando se trata de um blog coletivo com um tema conceitual meio subjetivo. Então vou começar e mostrar que isso não é nada (espero que não) tão complicado assim.
A minha ideia inicial era transformar isso numa válvula de escape, num cano de descarga, num bilhete guardado em segredo, dividido com pessoas que de alguma forma e em algum momento ficam matutando coisas estranhas e inquietantes na cabeça.
Pois bem.

Meu nome é Lucas, tenho 22 anos e sou professor de artes, recém formado na faculdade Educação Artística pela Escola Guignard - UEMG. Meus interesses variam do arco e flecha, acordeon, francês até a fotografia, o cinema, a cozinha e as viagens. E impulsionado por uma busca interior, planejei para esse ano colocar uma mochila nas costas e passar por lugares onde eu possa ter uma experiência pessoal resultante do encontro com a natureza, com as pessoas, com Deus e comigo mesmo.
Minha primeira parada foi em Aiuruoca, Vale do Matutu, na casa da Inês e do Harvey. Fiquei por lá apenas 2 semanas mas já o bastante pra dar início a minha caminhada. Aquele lugar é um paraíso! E estar entre essas pessoas me fez um bem inexplicável.
A segunda parada está sendo em Camanducaia (ou Sapucaí-mirim), na casa do Marcelo e da Giovanna. Aqui meus aprendizados estão voltados para a agricultura biodinâmica. Se as pessoas soubessem do valor que a terra tem, do verdadeiro sentido do plantar-colher-comer, entenderiam que a agricultura não é simplesmente uma sustentação para uma necessidade fisiológica.

Por hoje é só isso o que eu tenho pra dizer.

E vocês? Quem são? Aonde estão?