Queridos!
Resolvi finalmente escrever! Depois de ter preparado varias folhas de coisas mais superficias para postar no blog, resolvi escrever ao intuitivo... Sinto uma calma, que a tempo nao sentia... Ou talvez parece tanto tempo por minha manhã ter sido tão agitada interiormente. Hoje, depois da prière (oração da noite) me aproximei do fogo... escutei o que ele tinha a me dizer... um calor sagrado, infinito. Me senti inspirada pelas pessoas ao meu lado a comer fora, ao lado da eterna fonte de calor, amor, sabedoria... Foi um dos jantares mais calmos da minha vida. Ultimamente sinto, ou perceba-a mais, sinto muito a ansiedade em mim. Percebo que de repente meus ombros estão tensos, que como muito rapido, que como muito, muito mais do que o necessario. Mas nesse jantar ao lado do fogo, pensando no aniversario de meu pai que sera amanhã, e escutando, falando com os passaros, e até procurando trevos de quatro folhas, me senti muito calma. E feliz. As vezes me sinto muito solitaria aqui. Pois por mais que as pessoas são simpaticas, não tenho mais ninguem com quem posso conversar de coisas banais, sérias ou pedir um comforto quando me sinto mal... Bom, talvez isso seja preciso, para poder aprender a não depender tanto das pessoas e quando em contato intenso com elas, poder ter uma relação saldavel. Também aprendo a aceitar o que a vida me traz... Se vivo essa fase, é porque a preciso... e com ela aprendo a ouvir a natureza; me sinto muito mais aberta aos chamados dela, às pequenas intuições, visões...
Hoje, como varios dias, li o pequeno principe para o Sofiane, um menino da comunidade. Queria, para sair dos pequenos circulos viciosos de pensamentos, oferecer algo à alguem, ajudar uma pessoa. Ele de bom grado aceitou a idéia. Mas hoje, ao começar o sétimo capitulo, o capitulo onde finalmente o pequeno principe fala de seu amor pela flor e se revolta com o mundo por ele achar matématica, um motor que não funciona, ou mesmo a politica mais importante do que uma flor, que é amada por alguém.
" Je connais une planète où il y a un monsier cramoisi. Il n'a jamais respiré une fleur. Il n'a jamais regardè une ètoile. Il n'a jamais aimé une personne. Il n'a jamais rien fait d'autre que des additions. Et tout la journée il répète comme toi: "je suis un homme sérieux! Je suis un homme sériux!", et ça le fait gonfler d'orgueil. Mais ce n'est pas un homme, c'est un champignon!"
Le Petit Prince; Antoine de Saint-Exupéry
Pois hoje, no sétimo capitulo, um pouco depois dessa passagem o Sofiane repete pela segunda vez: "Sabe Chica, na verdade eu não gosto tanto do pequeno principe..." Eu levanto os olhos do livro, o vejo, meio estupefata... Senti uma sensação de fora; quando alguém te diz: Chica, não da mais, acho que deveriamos acabar... Tento perguntar porque, não recebo resoposta clara... Tento propor outro livro, um livro que ele goste... Tão pouco consigo um resposta... Então proponho, o que ele, Sofiane sempre queria desdo começo: pintar. Ele havia me perguntado antes se poderia pintar com ele, e eu na minha ignorancia disse: "Não tenho tempo". Ao propor finalmente a pintura, seu rosto se iluminou e concordamos em se encontrar em tal data, tal hora. As vezes é preciso aprender a não somente oferecer algo, mas oferecer o algo, o algo que é tão facil pra você dar, mas que por apego, preguiça, etc... não o fazemos....
Sinto que estou me reconstruindo, que pouco a pouco vejo mais um pequeno degral a frente e que o alcanço e o supero... Espero que com vocês seja o mesmo! E, sendo o não, mando uma energia amiga, leve e feliz, poderosa quando juntada à outras. Mando-a à todos! Que possamos juntos viver o PRESENTE e que possamos nos inspirar uns pelos outros, pulsando essa energia que criamos ao compartilharmos nossos interiores!
Amo vocês!
Chica