segunda-feira, 28 de novembro de 2011

conflito de pensamentos - tempestade

Queridos viajantes...
Ha algum tempo embarquei num navio, e parti em viagens. O unico problema era que não sabia onde estava indo... A chiquita dizia: estamos indo para la! e a chicoria dizia: estamos indo para ca!
Bom voces podem imaginar o que esta acontecendo agora... a tempestade chegou, ou até passou, mas as duas ainda nao se decidiram... esta tudo quebrado, quase afogado e nada de concordar... chegar a um porto seguro...
Nesse navio dos relacionamentos a chiquita continua pensando que é ridiculo essa coisa de casal, de amor e de se apaixonar... que coisa boba é essa? se perder completamente so por causa de outra pessoa? Eu nem sei se realmente gosto dele ou nao... ou se isso é so um desejo do corpo, um desejo da mente... Que necessidade doida é essa? de ter alguem? Você deveria é parar de pensar nessas coisas e fazer algo produtivo da sua vida...! E a chicoria, toda romantica nem diz, so sonha...
As duas estao tão entrelaçadas, tão perdidas uma na outra, que nem consigo direito saber qual é qual... Talvez pudesse descrever-las como a vontade do corpo e a vontade da mente... A chiquita que sente a vontade do corpo, aquela saudade... e a chicoria que sente a vontade da mente, aquele pensar sem razão e sem parada...
E a que eu procuro é a chica... a vontade da alma... Talvez nem a vontade, mas isso é de pouca importancia, por que se for da alma, a vontade simplesmente é e não engole tudo que ve pela frente, inclusive a si mesmo...
Enfim, procuro pela chica. Pelo amar gostoso, sem preconceitos ou regras, sem aquele olho espiando para fora da janela pra ver se tem alguem olhando como se deve amar... e aquele amar que vai além do casal... Afinal, não é o casal somente uma feliz coencidencia, de se encontrarem no mesmo segundo na mesma energia e disposição? Pelo menos é isso o que eu acredito (ou talvez uma das duas) - que um casal se encontra na mesma energia e por isso aue se encontram... Se não for assim, me parece forçado e não verdadeiro.... Mas esses são mais questionamentos para essa lista, que ja esta mais do que cheia... Enfim, me procuro aquele amar que vai além do casal, que mesmo sem ser um casal, se pode amar do mesmo jeito... Me entendem? Sabe, a chiquita e a chicoria, ainda podem estar la com seus desejos, mas a chica prevalesse e ama além das duas... Estou sendo confusa?
Essa é minha situação, minha questão... estou afundando afogando, ou ja afoguei e agora estou voltando aos poucos, tentando entender o que aconteceu, e esta acontecendo... A briga continua, mas menos intensa agora... consigo ver a chica de mais perto, so que é uma chica machucada e com bastante medos... ou entao as duas outras são as que temem e passam esse balançar de pernas para a chica... Não sei... o que eu quero é so ser verdadeira para mim mesma, me achar de novo e olhar para o mundo.. So que nao da pra fazer isso com presa, senao a chica sai mais machucada do que o necessario...
Enfim viajantes... estou em um momento de incertezas, com um navio quebrado, e sem saber para onde ir... As ondas da tempestade chegam até o meu futuro, que não é tão certo como antes.
Quando estiver em terra firme os escrevo.
Abraços,
Chica.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ventos trouxeram

The Funeral by Band of Horses on Grooveshark






Désert by Émilie Simon on Grooveshark


estamos no meio do mês de novembro, entre o imenso calor, o frio congelante e chuvas passageiras (não tão passageiras assim)
é agora que começa "o começo do final do ano"

bem viajantes, zarpar e começar a buscar avistar novas terras....

e para isso, músicas para acompanhar todos esses humores q o vento pode trazer

kiss for all of you

Lido Pimienta - Mueve (Future Feelings rmx) by Future Feelings on Grooveshark

solo tu alma te salva y la musica te calma y te sana

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

sem filtro - seqüelas musicais

Bene!

pelo jeito anda agitado as navegações para cada lado, acabando já o mês e imagino q pra cada um há mil coisas se passando....

esse final de semana me recolhi, não por falta de querer fazer mil coisas, mas sim estar em momento de quietude // e uma das coisas que observei foi o filtro -- como eu quiz que ele se destruisse que não existisse, outros segundos, que ficasse aí tentando me polpar (sei lá do que...)

me fez pensar: que certas coisas e momentos precisamos "vomitar" tudo na parede, ruminar não é solução - nunca foi e nunca será!! (só para vacas e ruminantes :D ).

bem, pulando a parte de tudo dizer e não dizer nada (filosofia de meia tigela).
uma partilha de um singelo e profundo pensamento e poema:

"Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu..."

Alberto Caeiro









essas músicas são um carinho na alma =^.^= cabei de conhecer e gostaria de apresentar a vocês -- a Ásia é um mundo a parte :P

abraços fortes

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Pensamentos

"Nao vos inquieteis com nada! Em todas as circunstancias, apresentai a Deus as vossas preocupacoes, mediante a oracao, as súplicas e a acao de gracas. E a paz de Deus, que excede toda inteligencia, haverá de guardar vossos coracoes e vossos pensamentos em Cristo Jesus. Além disso, irmaos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável eis o que deve ocupar vossos pensamentos."

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Posso entrar?

Oi, licença... vou entrando.
Ainda nao li direito o que vcs já postaram, mas mesmo assim resolvi me colocar. Pra estar como estou aqui, no agora, oferecendo o que tenho antes de filtrar o que sinto a partir do que vcs propuseram... eita...sei lá... mas lá vai.

To morando na Academia Biosférica, um projeto lindo que eu ainda to conhecendo mais. Fica em Buenos Aires mas está conectado com outros projetos pelo mundo, inclusive no Matutu.

vontade de contar tudo com detalhes dá, mas também um pouco de preguiça... por isso vou pular a parte que fala do que eu faço no dia-a-dia e ir direto pro que to sentindo: revolução. revolução e alegria.

parece que cada semana foi todo um acontecimento e se coloco uma do lado da outra, cada uma foi de um jeito muito difente! eu tava de um jeito muito diferente... vixe, fiz e senti um monte de coisa diferente...! isso é bom, da uma sensação de intensidade boa.

tanto mudou que as perguntas do começo da viagem, que eram "pq eu vim mesmo?" viraram "pq eu n fico mais?"... e depois de muito bater cabeça com essa última e muito tentar ouvir o coração resolvi que fico mais um mês pelas terras portenhas... ou seja, nao volto agora, mas sim no final de outubro.

A saudade do mundo que tá em Sao Paulo é gigante e o sentimento de tá perdendo um monte de coisa também. tentei por tudo na balança, o que me serviu de algo. mas o que foi mais efetivo foi sentir no coração mesmo. E nessa linha de raciocínio, ou melhor, nessa linha de sentimento, tá mais que claro que ficar é o caminho que quero agora.

Semana passada fui jantar na Arca aqui, com o Lucas. Grata, Lucas!!!!! Foi meio incrível, pra mim. A energia foi muito gostosa...mesmo.

Que bom sonhar, que bom sonhar junto, que bom compartilhar sonhos e, aos pouquinhos, dar forma a um sonho maior que plá, vem pra realidade!

Agora vou ler um pouquinho do que vcs já colocaram aqui e chegar mais perto dessa unidade que começa a dar as caras.







domingo, 25 de setembro de 2011

Mais que sonhos.


Eu sempre me pergunto: Por que nao?
Há no mundo dois tipos de pessoas: as que pensam em fazer e as que fazem.
Desejo a voces mais do que sonhos, realizacoes!

Abracos,
Lucas.

Um sonho

Tenho um sonho, um sonho talvez impossivel, talvez nao correspondente com a realidade, mas um sonho. E gostaria de compartilha-lo com voces.
Vejo em meu sonho uma pequena comunidade de amigos, que se apoiam e trocam experiencias. Cada qual imerso em seu grande ou pequeno projeto. Uma comunidade onde voce pode sentar na mesa a noite e compartilhar seus sonhos, ter alguem para te apoiar, uma coisa simples e linda...
Um pequeno grande sonho... De amor e compartilhamento; crescimento pessoal...
A ideia e tao simples que explico-a nessas pequenas frases, mas ela tem tanto potencial que poderia ficar ate amanha escrevendo sobre o que poderia ser... mas isso vira com o sonho... :)
Muita luz a todos...
E acredito em voces, por mais absurdo que seus sonhos sejam...
Alias, nao e chico que diz na musica sonho impossivel:
sonhar, mais um sonho impossivel...
beijos
chica

Sonho Impossível

Chico Buarque

Sonhar
Mais um sonho impossível
Lutar
Quando é fácil ceder
Vencer
O inimigo invencível
Negar
Quando a regra é vender
Sofrer
A tortura implacável
Romper
A incabível prisão
Voar
Num limite improvável
Tocar
O inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar esse mundo
Cravar esse chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã, se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu delirar
E morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sequelas Musicais

olha, essa banda portuguesa <3 ouviria eternamente no stop, juro: eu ouço a discografia inteira deles sem cansar e num tenho injuria com nenhuma das músicas, por isso.... com mil vontades de colocar TODAS, só vou mostrar pra vocês duas:





opa! num resisti vai ser mais musical, segue uma linda musica da Nina Simone
e sua incrivel voz e uma mais roquenroll do mesmo apaixonante Toranja, indico mesmo para vcs se aprofundarem nessa explosão de sentimentos..






amo muito tudo isso!!! e sim, Jabá de Graça faz parte.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Uma Reflexão


Hoje, eu acordei de uma tempestade. (eu escrevi isso um mes atras!)

Todos nos sabemos como ela vai. É um período de duvida intensa, onde você esta totalmente imerso em um redemoinho (usar a palavra do Lucas) dos pensamentos, emoções, e todas as historias da sua mente. Ficamos paralisados nela, presos no espiral da incerteza. Sentimos quebrados, como nada parece estar dando certo. Estamos tão identificados com os nossos pensamentos que o tormento e confusão parecem tornar-se parte de nós. Uma preguiça pesada se espalha através do nosso corpo: uma fadiga de baixo nível nos torna incapazes de participar plenamente em nossas atividades diárias, e nos distanciamos ainda mais em nossos mundos internos. Nos lutamos para superar o peso de tudo isso, mas ha algo dentro que quer continuar lutando. Enquanto nos tentamos participar e de retirar, ao mesmo tempo, a vida torna-se cansativa e temos que gastar enormes esforços para realizar qualquer coisa... o mundo parece tão esmagadora, e nos sentimos tão sozinhos. Achei que o Lucas a descreveu bem no posto “A imperfeita perfeição”: Nós não podemos ir para trás, mas não podemos ir para a frente também, porque parece que não há para onde ir. No mais extremo, no olho da tempestade, a gente pode querer ser obliterados, juntamente com o nosso sofrimento, se tivéssemos a energia para fazê-lo.

Sound familiar? :)

Foi com essa tempestade que eu estava lidando na semana passada.  Ela surgiu tão inesperadamente, especialmente porque há muito tempo desde a ultima vez que eu a senti. Ela foi tão forte; o futebol nem conseguiu afastar minha mente ansiosa (isso é rara mesmo!), muito menos meditação e ioga. Nada dava para aliviar esse torpor.  

E ai, algo aconteceu:
Primeiro, eu peguei o livro ‘Be Here Now’ por Ram Dass e li essas paginas:





Dai, eu passei em um sono profundo. Foi tão gostoso; o sol estava derramando pelas janelas e o meu corpo afundou na cama, só rendendo-se. Cada musculo ficou solto... I just let go.

Eu acordei quatro horas mais tarde e a tempestade tinha passado. Me senti leve (no corpo e na mente), refrescado, e límpido. Pensamentos que estavam me torturando durante a tempestade se tornaram inócuos; eu me sentava na minha cama só sorrindo, me lembrando como, apenas algumas horas antes, eu não conseguia ter nenhum pensamento sem produzir emoções negativas. Era como se um ‘light switch’ tinha sido ligado, e o meu estado interno tinha sido transformado em um lugar de clareza e paz. Ontem a noite eu estava deitando antes de dormir, observando a minha mente e rindo. Cada vez que um pensamento negativo surgiu foi como uma piada: “Aha! Eu te peguei, cara! Você é muito engraçado!” Ai, eu me tornei aquela presença de fundo, o eterno “eu” alem do pensamento e da forma. Eu tive experiencias assim antes, onde eu me tornei Buddha por alguns momentos - a minha consciência se expande fora de mim – e cada vez eu sei e sinto plenamente que esse estado é o “eu” verdadeiro. Na verdade, acontece bastante - diariamente -  se apenas por alguns momentos.

Então, é nesse contexto que eu queria oferecer algumas observações da tempestade, umas realizações que essa experiência mais recente me deu. Mais precisamente, elas são idéias para a contemplação que regularmente dão para me fazem sentir esse estado expandido.

·      The Connected Self,                         Durante a tempestade, sentimos como estamos lutando contra o mundo; como estamos muito sozinhos num mundo que não se importa conosco. Da mesma forma, quando nos falamos, “EU”, geralmente estamos referindo a algum espaço entre os olhos e as orelhas (talvez o resto pendura deste ponto da referencia!). “A Minha Cabeça; A Minha Mao; A Minha Perna”, como se o corpo fosse algo fora de nos mesmos, e como se estivéssemos habitando um saco de pele. Ai existe essa separação entre nos mesmos, bem como entre nos e o universo- tudo fica fragmentado, e em vez de se sentir parte do todo, nos sentimos pequenos em um mundo estrangeiro. Nossas mentes não conseguem sentir essa conexão, essa inteireza, e depois de momentos de ser e de realização verdadeira, elas tentam nos convencer que o que nos sentimos não era real. Mas a verdade, que fica sempre dentro de nos,  é que nascemos deste universo, assim como uma maça nasce de uma arvore. We didn’t come into this world, we came out of it. Um estrangeiro, olhando para o planeta Terra, veria a terra fazendo as pessoas assim como uma arvore faz maças. Nada existe fora de qualquer outra coisa; o universo é um processo constante de acontecimento – sempre mudando-se e criando novas formas. É o jogo cósmico.

·      Prazeres Simples e Sentindo o Corpo,                        A vida é um ‘gift’. (não sei falar GIFT, “presente” da para comunicar a profundidade?) Nascemos em gratidão. O sol nunca pede um retorno, ele só da. O ar nunca pede nada, e ainda contamos com ele para nos sustentar. A mãe não pede nada enquanto estamos sendo formados na barriga dela, ela só da (e continua dando depois a gente ‘sai’ dela). Todas essas GIFTS são dados a nos, sem que tenhamos feito nada para merece-los, sem nos oferecer nada em troca. Quando nos realmente sentimos esse fato, somos ‘overwhelmed’ com gratidão. Temos a vontade de dar, estamos tão gratos por tudo que temos, e tudo que foi dado a nos. Eu me encontro (ta certo?... i.e., “I find myself”) sentindo tão grato por cada respiração, cada som sutil, cada momento único e especial. Tudo está imbuída de uma certa graça, e se sente como se o mundo está comemorando sua própria existência. Os prazeres simples de ‘apenas ser’ (just being) podem nos mostrar o caminho para a gratidão. A suave pressão do ar sobre a pele. As nuvens passando delicadamente através de um céu azul. O som de folhas no vento. O prazer de beber água quando tem sede. Olhando nos olhos do outro e apenas estar com ela naquele momento, ser quem você é e vice-versa. Buscando se torna mais simples quando percebemos que já temos tudo.

·      Quais padrões de pensar te dão energia positiva? Quais padrões te limitam e produzem negatividade? Tenta identificar a origem da sua inquietação, e dai escolha aquelas formas de pensamento que te afetam de maneira positiva! Muitas vezes apenas levantando as perguntas certas- suas próprias questões reais e profundas- pode realmente ser mais importante do que ter a resposta certa.

·      Tudo passa,                         todas as formas são instáveis (mesmo você!), sujeitas a mudança. Estamos fluindo como plumas na brisa; por isso, ha dor quando ficamos apegados demais, ou quando algo da zebra (de acordo com nossas expectativas). Mas tudo faz parte do caminho. A dor e a êxtase. As perdas e os ganhos. Essa vida é um passeio, uma composição musical, onde devemos dançar- o passeio é nosso para criar e moldar, aproveitar e aprender. Não se preocupe pois é assim que deveria ser. Ha um paradoxo: esse caminho é seu para manifestar, mas ao mesmo tempo, não poderia ser de outra maneira.


Bom, cansei de escrever! Eu quero deixá-los com uma recomendação (book): UM NOVO MUNDO por Eckhart Tolle, autor de PODER DE AGORA.










Breathe.

Breathe again.

Smile.

Relax.

Arrive

Where you are.

Be natural.

Open to effortlessness.

To being

Rather than doing.

Drop everything.

Let go.

Enjoy for a moment.

Feel.

Laugh.

Play.

Create and Envision.

Forgive and Accept.

Walk/Exercise/Move.

Listen.

Open up, Expand, Include.

Dream.

Give thanks.

Evolve.

Love.

Share, Give, Love

Be Soft, Live Gently.

Simplify.

Surrender and Trust.

:)




domingo, 28 de agosto de 2011

Eu acredito no Big Bang!

Primeiro, vou explicar o Título. Essa expressão surgiu um dia em que a Mari (pipoca) e eu estávamos tendo uma conversa muito filosófica demais da conta, sobre coisas um pouco difíceis de pensar, entender e aceitar. Nem lembro o que era. Chegou numa complexidade, um momento tão impossível de continuar a filosofar (pelo menos para as nossas cabeças), que a Mari gritou: ''eu acredito no Big Bang!'', querendo dizer que acreditar no Big Bang é bem mais fácil e simples que tentar endender a origem verdadeira das coisas. Não que o Big Bang também não seja verdadeiro ( quem sou eu pra falar o que é a verdade), mas todos os outros grandes mistérios da vida ( aquele negócio de ''quem somos'' e ''de onde viemos''). Desde então, quando a conversa começa a ficar filosófica, complicada, complexa demais, criamos o hábito de encerrá-la gritando essa frase.

Explicado isto, posso começar. O que quero dizer e compartilhar aqui é que lendo as conferências de Agricultura Biodinâmica do Rudolf Steiner, tenho tido vontade de gritar ''eu acredito no Big Bang!'' com muita frequência. Transcreverei aqui uma parte da segunda conferência, que ele fala, entre muitas outras coisas, sobre o caos seminal ( das sementes). Talvez vocês nem achem digno de receber um grito desses, mas... taí:


'' Quando a semente é elevada à máxima complexidade, todo o Universo circundante principia a atuar, imprimindo-se nela. E na semente obtemos uma imagem do Universo. (Essa impressão orienta a semente ao futuro, dando uma direção.)'' Isso ele chama de ''pequeno caos''. ''No momento em que ela é transplantada para o ambiente da terra, o exterior terrestre a influencia com muita força, sendo ela então imbuída do anseio de renegar o cósmico e proliferar, crescer em todas as possíveis direções - pois o que atua em cima da terra não quer, a rigor, preservar nesta forma. Existe a necessidade de introduzir na planta o elemento terrestre em contraposição ao cósmico, esse elemento terrestre que vive como forma da planta na semente. Precisamos achegar a planta à terra em seu crescimento. Mas isso só acontecerá se introduzirmos na vida vegetal a vita já existente na terra.'' Na minha compreensão, essa segunda parte seria o ''caos''.

Na verdade, isso não deu tanta vontade assim de gritar. (Nem sei porque escrevi. Acho que só porque eu queria compartilhar mesmo.). Até que faz sentido. E quando eu estava lendo isso pela primeira vez, pra mim ficou parecendo que ele estava falando de nós, seres humanos. Acho que o que acontece com as sementes, também acontece com a gente. Tipo encarnar. Um caos. Um caos ter de ''renegar'' da onde a gente veio. Tô viajando?( Tem importância não, o nome do blog é Viajantes do Dharma.)

Ai, tá bom, vocês não ficaram com vontade de gritar ''eu acredito no Big Bang!''. Mas leiam isso agora, garanto que vai dar vontade:
'' A maior parte do que se come diariamente existe para dar ao corpo as forças que contén em si, a fim de mobilizá-lo. E a maior parte é eliminada de novo. Aquilo que o corpo realmente precisa absorver como substância, ele o absorve continuamente numa dosagem extremamente sutil pelos órgãos dos sentidos, pela pele e pela respiração, adensando-o no organismo. Retira-o do ar, enrrigecendo-o e adensando-o a tal ponto que precisamos depois aparar as unhas, os cabelos e assim por diante. O que absorvemos pelo estômago é importante por possuir mobilidade interior que introduz no corpo as forças para a vontade atuante nele.''
Vai dizer, vai dizer, deu vontade ou não deu?

Bom, deixa pra lá! Só quero concluir dizendo que essas coisas (e outras do tipo '' o enxofre é o portador do espírito, o oxigênio é o intermediador da vida e o espiritual'') que o Steiner diz, são coisas para as quais eu só digo: ''tá bom.'' Mas de repente são muitas coisas que, de repente, eu sei sem saber. Entende? E isso me deixa louca!! Momentaneamente. Depois de alguns minutos eu volto ao meu estado normal, graças a Deus.

É isso aí, galera! Espero que um dia vocês também leiam as conferências para que possamos compartilhar outras dessas afirmações insanas do Steiner. Amén.

Beijos!







Esqueci de contar que quando a Mari gritou essa frase, não foi só isso que ela disse. Foi bem assim: '' Eu acredito no Big Bang!! . . . né, Senhor?'' E essa última parte ela fez olhando pro céu. Foi muito cômico.

filosofias mutantes

essa vida é realmente impressionante, louca pra falar a verdade!
então,
[um adendo: sempre me dá vontade de ter todo mundo que povoa meu coração aqui perto do lado, grudado: pra eu enxer o saco, abraçar e apertar, ri/ter ataques de riso e se 'enervar'... mais c'est la vie, ela sabe oq faz....]
mas então, como talve vcs possam ver, são 6:10 da manhã e estou aqui na cama 'confabulando a morte da bezerra' e repassando todas as coisas q nesses últimos tempos tem me dado muita vontade de escrever aqui neste espaço (detalhe: não que eu esteja acordando, estou indo dormir :D )

-sobre taxi e as conversas que tenho "tido" nesses transportes
-começo de semestre
-musicas (sempre músicas)
-indicações de sites para aonde achar musicas
-arte
-vida sem tempo/proletariado/e a dureza para colocar a bisnaguinha de cada dia na marmita
-organizações
- and ad infinitum....

é isso: mil ideias e "pas d'idée" :(



voltando a coisas boas: descançar e muito bom, Bom descanço meu povo!!! hj só amanhã!

assinado, alguém que fez um texto completamente concretalista e conceitualista e que indica para ser desconsiderado-o e para ficar no canto do mofo no arquivo daqui dez anos.
BJOS

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Oi Queridos!
Faz tempo que não escrevo... E fico feliz de ver que novas pessoas apareceram para compartilhar seus interiores! Isso me ajuda muito! Quero somente passar um grupo que gostei muito.... (especialmente para a Mary!) A musica Hope é a que eu conheço mais e adoro! Principalmente a primeira frase!
Amo a você todos! Depois quando estiver mais calmo aqui na cozinha eu escrevo mais!
Um enorme abraço pra vocês, aquele abraço dado naquele espaço imaginario onde todos nos podemos se encontrar idependente do lugar fisico que estivermos!
Amo!
Chica

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

http://youtu.be/3diz8I0AVVk

olha.... tinha "descobrido" como postava vídeo, mas sei lá, tô um pouco aperriada no momento e acabei de postar um post em baixo completamente em branco tentando, entonces... eu juro que essa música é muito legal e escutem, num é vírus não.... "eu agarantiu"

Vou te ajudar, Mari.




confabulações

sempre fui noturna, não que isso seja um problema.... mas enche o saco ter a sensação de estar em decalagem com o mundo.. MAS não é isso que interessa. :P

tô me ajeitando com isso e indo pro meu estágio (q diga-se de passagem "vou te contar...") a pé cedo... e o que acho muito legal aqui de são paulo é que surgiu dois micro jornais que resume, explica, tem informações legais e materias interessantes o Metro e o Destak, que são distribuido bem cedinho nas ruas perto dos cruzamentos e saídas de metro de graça e a aquela pilha imensa acaba em poucos minutos.

É engraçado que surgem várias cenas incríveis, uma delas hoje de manhã peguei meu jornalzinho e passei em frente de uma construção e tinha uns 15 trabalhadores de obras, cada um com seu exemplar, conversando, lendo e rindo. Foto linda para se guardar na memória, de pouco a pouco é possível acreditar que de certo modo as coisas estão caminhando pra frente.

:) Bom Dia a todos e boas leituras!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A busca pela verdade


Tenho passado por lugares e conhecido pessoas que buscam constantemente a verdade e a paz. Poderíamos trocar as palavras verdade e paz por felicidade e veremos que todos nós estamos em busca disso. Esse é o sentido da vida, esse é o objetivo de todos nós, a nossa inspiração para acordar todos os dias e sair de casa pronto para mais um dia. Os caminhos são vários, as formas são diversas. Ontem ouvi alguém dizer "O homem criou várias escolas para ensinar a mesma coisa."
Mas fiquei pensando... Qual é a diferença de um homem instruído, elevado conscientemente à verdade, à transcedência e ao conhecimento oculto e um homem simples que apenas vive a vida, ignora os livros e estudos, que carrega com ele a sua própria experiência humana?
Há quem acredite na energia, na purificação, na preparação do espírito para a hora final. Há outros que acreditam que iremos para o mesmo lugar, independente do que acumularmos aqui na terra. Eu acredito no amor e vejo muita gente se afundando nesse mar do invisível, se perdendo pelos caminhos desse labirinto, e me pergunto se isso tudo vale a pena.
Pra mim, basta viver com o que tenho, buscando o céu aqui na terra. Sendo simples como as plantas que buscam o sol e os rios que correm pro mar. Já estou satisfeito por encontrar nesse curto caminho tantos motivos para sorrir.

"Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa - existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso."
Alberto Caeiro

Foto: Ilha do Mel

terça-feira, 19 de julho de 2011

Até o fim!


"Minhas raízes estão no ar
Minha casa é qualquer lugar
Se depender de mim
Eu vou até o fim
Voando sem instrumentos
Ao sabor do vento
Se depender de mim
Eu vou até o fim"
(Engenheiros do Hawaii - Até o fim)

Foto: Casa do Caco - Ilha do Mel, PR

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ben Harper para viagem

É impossível não sentir vontade de viajar ao ver esse clipe.
Mais confiante que a Mari, posso dizer que com certeza vocês vão gostar.
Abraço!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Seqüelas Musicais- depeche mode Wrong

Seqüelas Musicais


Bem, Bom Dia, né não?

vou começar minhas indicações de músicas com "o pé esquerdo" -""pra dar sorte""- de um jeito que vocês vão talvez se perguntar sobre as coerência da vida (e de mim). Rsrsrs
Musicalmente realmente eu gosto de muita coisa, gosto de música boa! oq me deixa meio insegura e sem jeito pra dar indicações.. acertar no gosto da pessoa, q faça sentido pra ela... essas coisas, sabe?

Mas voltemos a música:
Ela se chama WRONG -estrelinhas pra ela- do grupo inglês Depeche Mode, de uma sonoridade eletrônica "romântica" (inventado agora o termo).
O que gosto dessa música, além do sentido todo errado dela, é que ela grita aquele momento em que todos nós passamos de parar e olhar a vida qualquer segundos e sentir que tá tudo extremamente errado, depois voltar com a vida normal... mas estes são os segundos decisivos de reflexão.

[agora é o momento que segue o link da música.. bah não, pois viajantes de primeira viagem não conseguiram postar o link direito no corpo da postagem... "segue em anexo" em postagem adjunta e com promessa q pra próxima vez saberei fazer "o trem direito"]

momento ps:
I-o nome seqüelas musicais veio por impulso, mas em vista de qualquer desgosto avisem-me que confabularei outro nome sem problemas.
II-desculpa qualquer possível desgosto com a música, ou incompreensão do por que raios "a Mariana" escolheu essa música.
III-pediria um feedback a vocês, viu? facilitaria mto.
IV-eehn, que mais?..... sempre tem mais coisas.... mas vou ficando por aqui.

Bom Proveito para todos!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

"Quanto mais eu ando, mais vejo estrada."

Ah, trilegal ler essas coisas!
Fazia tempo que eu não entrava aqui. E de repente, novos textos, novas pessoas...
Tudo mudando, correndo, seguindo em frente, eu, você, todo mundo no meio do redemoinho!
E pensar que a minha viagem só está começando... uma vida inteira pela frente.

Depois de passar por Aiuruoca (Inês e Harvey), Camanducaia (Marcelo e Giovanna) e Carmo da Cachoeira (Fazenda Figueira), fui parar na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro. Quem conhece esses 3 primeiros lugares pode imaginar o impacto que eu tive ao chegar ao Rio. Se antes eu sentia paz, se eu tinha me acostumado com o silêncio e o serviço comunitário, chegar a uma cidade grande, com música e barulhos, festas, engarrafamentos, multidões foi quase um tratamento de choque.
Sim... é verdade, o Rio é lindo! Tem cultura por todos os lados, a música é um som natural da cidade, a alegria contagia qualquer um. Mas foi a primeira vez que eu tive vontade de voltar pra casa. Fiquei farto de tanta beleza estética e não encontrar beleza interior. Havia me esquecido como o mundo é besta, Sebastião! Mas é nele que eu vivo e nele que eu vou ficar.

Luiza, que bom te ver aqui! Fiquei com vergonha por você ter gostado tanto do meu texto. Foi nada demais. Você devia ter colocado o seu.
A frase que tem me acompanhado nas viagens é: "Não se pertube o vosso coração..." (Jo, 14, 28)

Mariana Pipoca, seja bem vinda! Duas coisas que eu sempre busco nas minhas viagens: comidas e músicas novas. A última coisa legal que conheci por uma amiga espanhola no Rio foi Babylon Circus, ska francês. Ouça: http://youtu.be/dgZwM58Jurc

Vida longa, navegantes!
Como a Mari, eu também ensaiei muitas vezes escrever aqui. Escrevi alguns rascunhos, mas não terminei nenhum. Quando li a "imperfeita perfeição"do Lucas, me inspirei e escrevi um tanto, quase tudo que estava me atormentando/passando pela minha cabeça. Ficou enorme; e fiquei sem coragem de postar. Agora acho que não faz sentido escrever todas as minhas infinitas agonias de uma vez só, pode ser aos poucos. ( E quando a gente quer fazer tudo, acaba não conseguindo fazer nada - ou quase nada.). Tentarei, então, resumir o que passei esses últimos tempos contando um ocorrido:
Quando eu estava na Inglaterra, morei na mesma casa com um estagiário alemão, de 20 anos. Ele era muito legal e sensível e pecebia que eu estava passando por um momento difícil. Um dia ele me perguntou: "como você está se sentindo?", e eu respondi: "confusa". Daí ele disse: "confusa não é sentimento. Você não sente confuso, você pensa confuso. Como você está se sentindo: bem, ruim, triste, feliz?". Daí eu parei e tentei olhar pro meu sentimento. Com muita dificuldade, percebi que estava me sentindo bem. Bem. Que surpresa! E então percebi também que eu não estava me relacionando com os meus sentimentos, só com os meus pensamentos. Estava perdida nos meus pensamentos, com medo, achando que estava ficando louca (e ao mesmo tempo me achando egoísta por achar isso: então você acha que você é a única que sofre?). E o pior é que eu estava consciente disso tudo. O resumo é esse: estava fazendo pouco, sentindo pouco e pensando muito. Agora já estou me sentindo bem melhor. Fui melhorando aos poucos desde que voltei. Ainda carrego algumas das questões que tive lá, mas não mais com tanto medo, mais como sendo um desafio. Por exemplo: quero relaxar e viver, mas não quero estagnar e parar de crescer. Pra mim é muito difícil conciliar essas duas coisas. Trata-se muito de um lado de que eu sou (às vezes é terrível dar de cara com ele).
É claro que tudo nessa vida tem o lado ruim, mas tem o lado bom também. Uma das coisas muito boa dessas minhas viagens, foi eu perceber de novo o meu gosto de trabalhar do lado de fora (mesmo no frio!): no jardim, na fazenda. O que me fez decidir agora começar o curso de Agricultura Biodinâmica em Botucatu. A 1ª etapa acontece em quatro módolos de uma semana cada. Acabei de voltar do primeio módolo. Estou adorando! Meus professores são ótimos e meus colegas muito legais! Um dos foques deste primeiro módolo, que os professores querem passar pra gente, é aprender a observar sem julgar, sem especular, sem tirar conclusões, só prestando atenção no fenômeno.
Para finalizar: sempre gostei de pensar várias coisas que me fazem sentir bem. E de me ater à esses pensamentos, deixá-los em mente. Às vezes até me pego meio desesperada quando percebo ter esquecido o pensamento que estava me ajudando. Acho que tenho que melhorar isso. E adorei ler A Imperfeita Perfeição. Mas ainda tenho essa mania. E quando não é de modo obsecado, realmente me ajuda. Então gostaria de compartilhar dois que tem me ajudado: 1-tudo passa. 2- fazer antes o que é necessário.

Eu sou a Luiza, de 20 anos.

Obrigada por me ouvirem.
E eu adoro ler vocês!!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sopros

Bem, vamos lá... coragem!!!!
eu sou uma das integrantes desse barco a navegar... depois de muito pensar, fazer rascunhos e confabular por aí o como ia entrar "nestas águas a serem descobertas", vou na raça sem lápis nem papel...
estou naquele caminho em que todos conhecem: de aprender a viver.
em quanto isso, tenho muitas paixões a compartilhar e várias indignações com coisas deste "mundo louco q vivemos".... mas estamos aí, não?
desde pequenininha amo as artes, Viciadérrima em música (faute à moi)... viagem relativamente, mas como tanta coisa a se ver, gostaria de conhecer muitas coisas ainda....
sou tão rasa e profunda, que acho q invés de tentar de expressar tudo agora, vou deixar vcs me conhecendo (pela perspectiva pessoal) o que sou: "este nada, inteiro"
vou chegando aos poucos.... não vou prometer uma constância, pois isso depende dos ventos... só prometo dicas de música (amo!), gostaria de conhecer o gosto de vocês ae é mais fácil indicar alguma coisa.
é isso. Voilá!

ao final: Sou a Mariana, mas podem me chamar de Pipoca!

grande beijo e carinho neste dia e nesta vida que continua, até!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olho nos olhos

Sentada à mesa, observando meus avós comer, respirar, suspirar... observo cada ruga, cada movimento lento e preciso, cada olhar profundo...
Observo tudo isso e fico com medo: será que ficarei um dia tão velha e tão entregue ao tempo, tão sem movimento, liberdade física, ou até mesmo de pensamento? Será que ficarei presa nessa camada de poeira cotidiana? Será que não irei descobrir mais, a cada dia que passa, algo novo? O medo me atinge.
Mas se penso bem, o que faço hoje? Não me acomodo no cotidiano e a inércia do antigo não é mais forte do que a do novo? Não me acomodo a situação de vida: essa de uma vida enfadonha, intediante, rodeada pelos avós? Não poderia eu mudar esse cotidiano deles? Não poderia eu inovar suas vidas? Sim, mas a inércia é maior. Me sinto impregnada pelo "deixar as coisas como elas estão" e me irrito demais com um cotidiano repetitivo, onde não acho um espaço onde possa atuar, onde possa subir ao palco... E por isso também não mudo nada.
Mas assumindo a não mudança, posso começar a observar os meus avós, observar seus gestos, seus sorrisos, suas irritações... Passar da observada para a observadora.
Afinal, talvez me sinto tão irritada com eles, por ter medo do futuro... medo de ficar como eles...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Conexões Absurdas...

No final de uma grande festa da Arca, a festa dos homens, me deparei com um livro: Irish Folk and Fairy Tales. Abri o livro numa página. Ao ver o nome do conto: Into Eternity, pensei imediatamente em um estagiario que está na Arca por um tempo. Tinha um tempo atras proposto uma imgem a ele falando que ela me fazia lembrar dele.
Merlin, ao perceber que estava chegando a hora de passar para o outro mundo, pede a Viviane, Sacerdotisa de Avalon, para colocar-lo dentro de um carvalho. Enterra-lo por meio de magia no grande carvalho-pai into eternity...
O conto é a historia de uma curandeira que é chamada por um elfo para ajudar no parto de uma mulher, Brigitte. Essa jovem se apaixonou por o mesmo elfo e juntos tiveram um filho. Esse filho, trazido ao mundo pela ajuda da curandeira, é o futuro Rei dos Elfos, que iria levar essa raça à Eternidade, into eternity...
E hoje, ao procurar os filmes que estão passando no cinema, deparei com esse título: Into Eternity.

Afinal, não estamos entrando numa nova era? Uma era, que para alguns é o final, para outros o presente e para aqueles infelizes ou felizes (isso depende do que fazemos deste mundo nesse presente nosso) o futuro... Um grande Império cai ao chão. Um grande Império cai ao chão, deixando espaço para fazermos um outro grande Imperio, somos nós que escolhemos como ele vai ser. Cada passo que damos é já uma pedra da muralha de nosso castelo... devemos faze-lo com ódio ou amor? Queremos uma muralha, estrada ou uma casa? Queremos nos proteger, darmos a outros ou o que? Se dermos cada passo conciente do que fazemos, com amor, e presentes no presente vamos... vamos em uma direção...
Convido vocês a meditar todos os dias de manhã... Para podermos estar juntos, no presente, e construindo um castelo, uma comunidade.
Boa noite a todos! Amo vocês e desejo sonho revelantes, sonhos "noturnos" e sonhos "de vida", sonhos vivos! :)
CHICA

sábado, 21 de maio de 2011

A imperfeita perfeição

A gente tem que ver o blog dessa forma: o caderno para um escape inesperado de pensamento.
E o que eu pensei agora é uma coisa que, de certa forma, se parece com o que a Chica escreveu.

A gente faz planos e cria expectativas para a vida.
Acredita que a fórmula verdadeira para encontrar a felicidade está na ponta da língua
e dos dedos.
E, de repente, o caminho muda, o gosto é outro, o céu fica nublado...
As coisas saem do esperado e a gente descobre que a nossa fórmula é incapaz de resolver o problema. A peça não se encaixa.
E aí vem nosso tormento.
"Como posso ser feliz se isso não é o que eu imaginava, o que eu esperava?".
E dá um medo. Dá impressão de que está tudo errado, de que é preciso voltar, recomeçar e pegar a trilha certa (porque essa vai dar no desconhecido).
E aí, você cai na real. Cai na realidade do chão batido.
TUDO pela frente é desconhecido. NADA é previsível.
Não há fórmula perfeita, não há problema simples.
Dessa (in)feliz conclusão, surge o entendimento.
Do desespero surge a esperança.
Graças ao bom Deus, senhor de nossos passos e criador de todos os acasos, nosso caminho é imperfeitamente perfeito.
E a gente descobre que perfeito mesmo é aquele caminho formado de várias imperfeições.
Descobre que não há nada mais belo do que o inesperado, o imprevisível, a descoberta.
Entende que é preciso "manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranqüilo".

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Queridos!
Resolvi finalmente escrever! Depois de ter preparado varias folhas de coisas mais superficias para postar no blog, resolvi escrever ao intuitivo... Sinto uma calma, que a tempo nao sentia... Ou talvez parece tanto tempo por minha manhã ter sido tão agitada interiormente. Hoje, depois da prière (oração da noite) me aproximei do fogo... escutei o que ele tinha a me dizer... um calor sagrado, infinito. Me senti inspirada pelas pessoas ao meu lado a comer fora, ao lado da eterna fonte de calor, amor, sabedoria... Foi um dos jantares mais calmos da minha vida. Ultimamente sinto, ou perceba-a mais, sinto muito a ansiedade em mim. Percebo que de repente meus ombros estão tensos, que como muito rapido, que como muito, muito mais do que o necessario. Mas nesse jantar ao lado do fogo, pensando no aniversario de meu pai que sera amanhã, e escutando, falando com os passaros, e até procurando trevos de quatro folhas, me senti muito calma. E feliz. As vezes me sinto muito solitaria aqui. Pois por mais que as pessoas são simpaticas, não tenho mais ninguem com quem posso conversar de coisas banais, sérias ou pedir um comforto quando me sinto mal... Bom, talvez isso seja preciso, para poder aprender a não depender tanto das pessoas e quando em contato intenso com elas, poder ter uma relação saldavel. Também aprendo a aceitar o que a vida me traz... Se vivo essa fase, é porque a preciso... e com ela aprendo a ouvir a natureza; me sinto muito mais aberta aos chamados dela, às pequenas intuições, visões...
Hoje, como varios dias, li o pequeno principe para o Sofiane, um menino da comunidade. Queria, para sair dos pequenos circulos viciosos de pensamentos, oferecer algo à alguem, ajudar uma pessoa. Ele de bom grado aceitou a idéia. Mas hoje, ao começar o sétimo capitulo, o capitulo onde finalmente o pequeno principe fala de seu amor pela flor e se revolta com o mundo por ele achar matématica, um motor que não funciona, ou mesmo a politica mais importante do que uma flor, que é amada por alguém.
" Je connais une planète où il y a un monsier cramoisi. Il n'a jamais respiré une fleur. Il n'a jamais regardè une ètoile. Il n'a jamais aimé une personne. Il n'a jamais rien fait d'autre que des additions. Et tout la journée il répète comme toi: "je suis un homme sérieux! Je suis un homme sériux!", et ça le fait gonfler d'orgueil. Mais ce n'est pas un homme, c'est un champignon!"
Le Petit Prince; Antoine de Saint-Exupéry

Pois hoje, no sétimo capitulo, um pouco depois dessa passagem o Sofiane repete pela segunda vez: "Sabe Chica, na verdade eu não gosto tanto do pequeno principe..." Eu levanto os olhos do livro, o vejo, meio estupefata... Senti uma sensação de fora; quando alguém te diz: Chica, não da mais, acho que deveriamos acabar... Tento perguntar porque, não recebo resoposta clara... Tento propor outro livro, um livro que ele goste... Tão pouco consigo um resposta... Então proponho, o que ele, Sofiane sempre queria desdo começo: pintar. Ele havia me perguntado antes se poderia pintar com ele, e eu na minha ignorancia disse: "Não tenho tempo". Ao propor finalmente a pintura, seu rosto se iluminou e concordamos em se encontrar em tal data, tal hora. As vezes é preciso aprender a não somente oferecer algo, mas oferecer o algo, o algo que é tão facil pra você dar, mas que por apego, preguiça, etc... não o fazemos....

Sinto que estou me reconstruindo, que pouco a pouco vejo mais um pequeno degral a frente e que o alcanço e o supero... Espero que com vocês seja o mesmo! E, sendo o não, mando uma energia amiga, leve e feliz, poderosa quando juntada à outras. Mando-a à todos! Que possamos juntos viver o PRESENTE e que possamos nos inspirar uns pelos outros, pulsando essa energia que criamos ao compartilharmos nossos interiores!
Amo vocês!
Chica

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Opa! Bonjour viajantes!

Esta nublado e tranquilo hoje em Boston. Sao 10:38 de manha, estou comendo castanhas, bebendo cha quente, e escutando jazz enquanto um gatinho deita na minha cama do meu lado. Tenho pensado muito no Brasil recentemente e nos varios pensamentos, sentimentos, e novas experiencias com o qual eu deparei quando eu estava passando por la. Encontrei tantas perspectivas unicas, pessoas boas e bonitas, e maneiras diferentes de ser. Temos muita sorte por ter a opportunidade de viajar; apesar das minhas duvidas com muita tecnologia moderna, sou grato por poder voar e me integrar em todas essas situacoes tao transformativas. Alem do Brasil, eu ja viajei por Japao, Nicaragua, Belize, Mexico, e Costa Rica: cada lugar me deu algo unico e especial, me ensinando um pouco sobre a vida e eu mesmo. 

Ate eu puder voltar ao Brasil (talvez no ano que vem.. 2012!), eu estou estudando antropologia na faculdade e trabalhando em uma loja que vende comida local e organica. Meu interesse principal eh para aliviar essa separacao da civilizacao moderna: dentro de nos (alma/corpo; mente/ego), entre nos mesmos, e entre humanidade e o planeta. Gosto muito de estudar os grupos indigenas e tenho um respeito enorme por os modos arcaicos de viver e de ser, assim como por os enteogenos que tem usados por milenios para mudar consciencia e curar doenca (internamente e externamente) atraves de mudancas nas formas como percebemos a realidade. Quando eu for pro Brasil, pretendo trabalhar em uma ecovila fazendo permacultura, que eu acho eh uma coisa bastante importante na proxima transicao (produzindo comida em pequena escala). 

E isso, gente! Ate a proxima.
Grande abraco e muita paz..
---Samuca

domingo, 8 de maio de 2011

Meu nome é Lucas.


Hola, viajeros!
Começar a escrever num blog pode ser muito complicado. Ainda mais quando se trata de um blog coletivo com um tema conceitual meio subjetivo. Então vou começar e mostrar que isso não é nada (espero que não) tão complicado assim.
A minha ideia inicial era transformar isso numa válvula de escape, num cano de descarga, num bilhete guardado em segredo, dividido com pessoas que de alguma forma e em algum momento ficam matutando coisas estranhas e inquietantes na cabeça.
Pois bem.

Meu nome é Lucas, tenho 22 anos e sou professor de artes, recém formado na faculdade Educação Artística pela Escola Guignard - UEMG. Meus interesses variam do arco e flecha, acordeon, francês até a fotografia, o cinema, a cozinha e as viagens. E impulsionado por uma busca interior, planejei para esse ano colocar uma mochila nas costas e passar por lugares onde eu possa ter uma experiência pessoal resultante do encontro com a natureza, com as pessoas, com Deus e comigo mesmo.
Minha primeira parada foi em Aiuruoca, Vale do Matutu, na casa da Inês e do Harvey. Fiquei por lá apenas 2 semanas mas já o bastante pra dar início a minha caminhada. Aquele lugar é um paraíso! E estar entre essas pessoas me fez um bem inexplicável.
A segunda parada está sendo em Camanducaia (ou Sapucaí-mirim), na casa do Marcelo e da Giovanna. Aqui meus aprendizados estão voltados para a agricultura biodinâmica. Se as pessoas soubessem do valor que a terra tem, do verdadeiro sentido do plantar-colher-comer, entenderiam que a agricultura não é simplesmente uma sustentação para uma necessidade fisiológica.

Por hoje é só isso o que eu tenho pra dizer.

E vocês? Quem são? Aonde estão?


segunda-feira, 25 de abril de 2011

Viajo porque preciso.

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”
Amyr Klink