Hoje, eu acordei de uma tempestade. (eu escrevi isso um mes atras!)
Todos nos sabemos como ela vai. É um período de duvida intensa, onde você esta totalmente imerso em um redemoinho (usar a palavra do Lucas) dos pensamentos, emoções, e todas as historias da sua mente. Ficamos paralisados nela, presos no espiral da incerteza. Sentimos quebrados, como nada parece estar dando certo. Estamos tão identificados com os nossos pensamentos que o tormento e confusão parecem tornar-se parte de nós. Uma preguiça pesada se espalha através do nosso corpo: uma fadiga de baixo nível nos torna incapazes de participar plenamente em nossas atividades diárias, e nos distanciamos ainda mais em nossos mundos internos. Nos lutamos para superar o peso de tudo isso, mas ha algo dentro que quer continuar lutando. Enquanto nos tentamos participar e de retirar, ao mesmo tempo, a vida torna-se cansativa e temos que gastar enormes esforços para realizar qualquer coisa... o mundo parece tão esmagadora, e nos sentimos tão sozinhos. Achei que o Lucas a descreveu bem no posto “A imperfeita perfeição”: Nós não podemos ir para trás, mas não podemos ir para a frente também, porque parece que não há para onde ir. No mais extremo, no olho da tempestade, a gente pode querer ser obliterados, juntamente com o nosso sofrimento, se tivéssemos a energia para fazê-lo.
Sound familiar? :)
Foi com essa tempestade que eu estava lidando na semana passada. Ela surgiu tão inesperadamente, especialmente porque há muito tempo desde a ultima vez que eu a senti. Ela foi tão forte; o futebol nem conseguiu afastar minha mente ansiosa (isso é rara mesmo!), muito menos meditação e ioga. Nada dava para aliviar esse torpor.
E ai, algo aconteceu:
Primeiro, eu peguei o livro ‘Be Here Now’ por Ram Dass e li essas paginas:
Dai, eu passei em um sono profundo. Foi tão gostoso; o sol estava derramando pelas janelas e o meu corpo afundou na cama, só rendendo-se. Cada musculo ficou solto... I just let go.
Eu acordei quatro horas mais tarde e a tempestade tinha passado. Me senti leve (no corpo e na mente), refrescado, e límpido. Pensamentos que estavam me torturando durante a tempestade se tornaram inócuos; eu me sentava na minha cama só sorrindo, me lembrando como, apenas algumas horas antes, eu não conseguia ter nenhum pensamento sem produzir emoções negativas. Era como se um ‘light switch’ tinha sido ligado, e o meu estado interno tinha sido transformado em um lugar de clareza e paz. Ontem a noite eu estava deitando antes de dormir, observando a minha mente e rindo. Cada vez que um pensamento negativo surgiu foi como uma piada: “Aha! Eu te peguei, cara! Você é muito engraçado!” Ai, eu me tornei aquela presença de fundo, o eterno “eu” alem do pensamento e da forma. Eu tive experiencias assim antes, onde eu me tornei Buddha por alguns momentos - a minha consciência se expande fora de mim – e cada vez eu sei e sinto plenamente que esse estado é o “eu” verdadeiro. Na verdade, acontece bastante - diariamente - se apenas por alguns momentos.
Então, é nesse contexto que eu queria oferecer algumas observações da tempestade, umas realizações que essa experiência mais recente me deu. Mais precisamente, elas são idéias para a contemplação que regularmente dão para me fazem sentir esse estado expandido.
· The Connected Self, Durante a tempestade, sentimos como estamos lutando contra o mundo; como estamos muito sozinhos num mundo que não se importa conosco. Da mesma forma, quando nos falamos, “EU”, geralmente estamos referindo a algum espaço entre os olhos e as orelhas (talvez o resto pendura deste ponto da referencia!). “A Minha Cabeça; A Minha Mao; A Minha Perna”, como se o corpo fosse algo fora de nos mesmos, e como se estivéssemos habitando um saco de pele. Ai existe essa separação entre nos mesmos, bem como entre nos e o universo- tudo fica fragmentado, e em vez de se sentir parte do todo, nos sentimos pequenos em um mundo estrangeiro. Nossas mentes não conseguem sentir essa conexão, essa inteireza, e depois de momentos de ser e de realização verdadeira, elas tentam nos convencer que o que nos sentimos não era real. Mas a verdade, que fica sempre dentro de nos, é que nascemos deste universo, assim como uma maça nasce de uma arvore. We didn’t come into this world, we came out of it. Um estrangeiro, olhando para o planeta Terra, veria a terra fazendo as pessoas assim como uma arvore faz maças. Nada existe fora de qualquer outra coisa; o universo é um processo constante de acontecimento – sempre mudando-se e criando novas formas. É o jogo cósmico.
· Prazeres Simples e Sentindo o Corpo, A vida é um ‘gift’. (não sei falar GIFT, “presente” da para comunicar a profundidade?) Nascemos em gratidão. O sol nunca pede um retorno, ele só da. O ar nunca pede nada, e ainda contamos com ele para nos sustentar. A mãe não pede nada enquanto estamos sendo formados na barriga dela, ela só da (e continua dando depois a gente ‘sai’ dela). Todas essas GIFTS são dados a nos, sem que tenhamos feito nada para merece-los, sem nos oferecer nada em troca. Quando nos realmente sentimos esse fato, somos ‘overwhelmed’ com gratidão. Temos a vontade de dar, estamos tão gratos por tudo que temos, e tudo que foi dado a nos. Eu me encontro (ta certo?... i.e., “I find myself”) sentindo tão grato por cada respiração, cada som sutil, cada momento único e especial. Tudo está imbuída de uma certa graça, e se sente como se o mundo está comemorando sua própria existência. Os prazeres simples de ‘apenas ser’ (just being) podem nos mostrar o caminho para a gratidão. A suave pressão do ar sobre a pele. As nuvens passando delicadamente através de um céu azul. O som de folhas no vento. O prazer de beber água quando tem sede. Olhando nos olhos do outro e apenas estar com ela naquele momento, ser quem você é e vice-versa. Buscando se torna mais simples quando percebemos que já temos tudo.
· Quais padrões de pensar te dão energia positiva? Quais padrões te limitam e produzem negatividade? Tenta identificar a origem da sua inquietação, e dai escolha aquelas formas de pensamento que te afetam de maneira positiva! Muitas vezes apenas levantando as perguntas certas- suas próprias questões reais e profundas- pode realmente ser mais importante do que ter a resposta certa.
· Tudo passa, todas as formas são instáveis (mesmo você!), sujeitas a mudança. Estamos fluindo como plumas na brisa; por isso, ha dor quando ficamos apegados demais, ou quando algo da zebra (de acordo com nossas expectativas). Mas tudo faz parte do caminho. A dor e a êxtase. As perdas e os ganhos. Essa vida é um passeio, uma composição musical, onde devemos dançar- o passeio é nosso para criar e moldar, aproveitar e aprender. Não se preocupe pois é assim que deveria ser. Ha um paradoxo: esse caminho é seu para manifestar, mas ao mesmo tempo, não poderia ser de outra maneira.
Bom, cansei de escrever! Eu quero deixá-los com uma recomendação (book): UM NOVO MUNDO por Eckhart Tolle, autor de PODER DE AGORA.
Breathe.
Breathe again.
Smile.
Relax.
Arrive
Where you are.
Be natural.
Open to effortlessness.
To being
Rather than doing.
Drop everything.
Let go.
Enjoy for a moment.
Feel.
Laugh.
Play.
Create and Envision.
Forgive and Accept.
Walk/Exercise/Move.
Listen.
Open up, Expand, Include.
Dream.
Give thanks.
Evolve.
Love.
Share, Give, Love
Be Soft, Live Gently.
Simplify.
Surrender and Trust.
:)